terça-feira, novembro 10, 2009

Assistência a jogadores

Aqui está um tema que me tem despertado alguma curiosidade e sobre o qual gostaria que comentassem civilizadamente.
A nivel Distrital e Nacional temos diferentes àrbitros com diferentes interpretações relativamente à saída de jogadores do campo após receberem assistência. Há aqueles que deixam que, no caso do atleta ser substituído, possa logo entrar um substituto e há aqueles que apenas deixam que a equipa fique completa apenas após a bola entrar em jogo. A mim parece-me que o bom-senso deve imperar nestas situações para que não se beneficie duplamente o infractor. Há quem o faça e há quem não o faça. Não deixa de ser curioso que após um atleta sofrer uma falta (e assinalada pelo àrbitro) a equipa infractora seja duplamente beneficiada. Fazer falta por si já é uma infracção que normalmente beneficia quem a faz (senão não a fazia), fazer uma falta e deixar o adversário com pelo menos um atleta passa a ser duplo beneficio. Eu diria que com esta lei incentiva-se à violência pois quanto mais dura for a entrada maior será a probabilidade de o adversário sair lesionado e ficarem a jogar com menos um jogador de campo durante a marcação da respectiva punição (livre directo). Se no Fut.11 a presença de mais um é pouco importante, no Futsal representa menos 25% da equipa e diminui severamente a probabilidade de golo em jogadas de bola parada, sempre ocasiões claras de golo.
Há normas que devem ser adaptadas a cada caso e o bom-senso e conhecimento da modalidade deve imperar para que as leis sejam justas. A mim parece-me que o facto de haver número ilimitado de substituições no Futsal poderá querer dizer alguma coisa, ou seja, que a equipa possa ficar completa imediatamente se o jogador assistido for substituído. Nunca vi em nenhum campeonato da Europa ou do Mundo uma equipa ficar com menos um elemento após assistência de um atleta. Vi sim o atleta sair e ser substituído. Corrijam-me se estiver enganado.
Não basta saber as regras, é necessário saber aplicá-las, penso eu!
Não se trata de uma critica mas sim de uma sugestão para que se tenham melhores jogos e menos violentos.
Um abraço.

18 comentários:

Anónimo disse...

Caro Bruno, concordo plenamente. Alias, até me parece que há aí alguma falta de coerência nas regras ou seja: Se não há restrição de substituições então porque é que quando há um jogador lesionado já passa a haver ? (não deixando esse jogador ser substituído imediatamente por outro jogador)

Parece-me ridículo. Concordo também que isso é um incentivo a um futsal mais agressivo.


Abraço, JD (jogador)

Anónimo disse...

sugestão e não sujestão !!!

Anónimo disse...

O jogador que for assistido dentro da superficie de jogo, terá que sair , a sua equipa se quiser poderá logo que esse jogador saia de dentro da superficie de jogo, fazer uma substituição, mas esse substituto só poderá entrar com autorização dos arbitros.
Mas há muitos treinadores que não aplicam esta regra e aguardam que o jogo recomeçe.
BRUNO,quando um jogador está sériamente lesionado, voçes fazem logo a susbtituiçao,isto por norma é verdade.
Quando passa uma situação destas por mim, conforme mencionei no primeiro ponto autorizo logo a entrada.
Mas mais esta regra está regulamentada nos livro das leis de jogo, é uma questão de darem uma vista de olhos por este livro e fala lá claramente sobre esta situação.


Um árbitro de futsal.

Zé Pincel disse...

Caros companheiros de "bloguismo":

Consulte-se o site fifa.com e o link http://es.fifa.com/mm/document/affederation/federation/51/44/50/futsal_lotg_2008_es.pdf , sendo k nas Leis Jogo as páginas 70 e 71 está tudo bem esclarecido.

Desde que depois ninguém complique, está tudo pacífico!

Cumprimentos

Bruno Santos disse...

A mim também me parece Pacifico mas passo a trancrever:
Los árbitros deberán atenerse a las siguientes instrucciones en caso de que un jugador resulte lesionado:
1 - permitirán seguir jugando hasta que el balón esté fuera de juego si, en su opinión, la lesión es leve
2 - interrumpirán el juego si, en su opinión, la lesión es grave
3 - después de consultar con el jugador lesionado, autorizarán la entrada en la superfi cie de juego de uno, máximo dos médicos, para evaluar el tipo de lesión y organizar el traslado seguro y rápido del jugador fuera de la superfi cie de juego
4 - en caso necesario, los camilleros entrarán en la superfi cie de juego al mismo tiempo que los médicos para acelerar el traslado del jugador
5 - se asegurarán de que el jugador lesionado sea trasladado con seguridad y rapidez fuera de la superfi cie de juego
6 - no permitirán que se trate al jugador en la superfi cie de juego
7 - obligarán a abandonar la superfi cie de juego a todo jugador con herida sangrante, quien no podrá retornar hasta que los árbitros consideren que la herida ha dejado de sangrar (el tercer árbitro podrá comprobarlo, pero serán los árbitros quienes autoricen su entrada, si no hubiese sido sustituido); un jugador no puede utilizar ropa manchada de sangre
8 - apenas autorizada la entrada de los médicos en la superfi cie de juego, el jugador deberá abandonar la misma, ya sea en camilla o caminando; si no cumple esta regla, será amonestado por retrasar deliberadamente la reanudación del juego
9 - un jugador lesionado, si no ha sido sustituido, sólo podrá reincorporarse a la superfi cie de juego después de que el partido se haya reanudado
10 - un jugador lesionado no tiene que abandonar la superficie de juego por la zona de sustituciones, puede hacerlo por cualquier línea que delimita la superficie de juego
11 - un jugador lesionado que ha abandonado o tenido que abandonar la superficie de juego puede ser sustituido, pero el sustituto siempre deberá entrar por la zona de sustituciones
12 - cuando el balón esté en juego, el jugador lesionado, si no fue sustituido, podrá ingresar nuevamente en la superfi cie de juego, pero sólo por la línea de banda; cuando el balón esté fuera de juego, podrá entrar en la superficie de juego por cualquier línea de demarcación
13 - únicamente los árbitros están autorizados a permitir que un jugador lesionado, que no ha sido sustituido, vuelva a entrar en la superficie de juego, independientemente de que el balón esté o no en juego
14 - si el juego no ha sido interrumpido por cualquier otro motivo, o si la lesión sufrida por el jugador no es producto de una infracción de las Reglas de Juego del futsal, los árbitros reanudarán el juego con un balón al suelo que se ejecutará en el lugar en donde se encontraba el balón en el momento de la interrupción*

Espero que o texto se perceba pois está em Espanhol. Atenção aos pontos 9, 11 e 13...
Já tinha lido isto e a interpretação sempre foi a de que se o jogador for substituído, o substituto pode entrar IMEDIATAMENTE sem ser necessário que o jogo recomece... Nem tão pouco tem que pedir qualquer autorização ao àrbitro visto entrar pela zona de substituição...
Espero que se perceba o porquê de no Futsal o texto ser diferente do Fut11... É que ainda há por aí muito boa gente a pensar que as regras são iguais e que a unica diferença são as dimensões do campo...

João Jorge disse...

Concordo plenamente com o ponto de vista do Bruno. Não tem qualquer cabimento a equipa que prevaricou seja beneficiada com a redução, mesmo que momentânea, do nº de jogadores em campo por parte do adversário. É, a meu ver, contra natura a toda a filosofia e regras que norteiam o futsal.

Anónimo disse...

é uma questão pertinente, mas que quanto a mim só se coloca pelo desconhecimento das leis por parte dos treinadores, e alguns árbitros,

- um jogador lesionado que seja substituído, o substituto pode entrar na superficie de jogo imediatamente, sem ser necessário kk autorização por parte do árbitro, nem que o jogo tenha recomeçado, desde que o jogador a ser substituído já esteja fora da superfície de jogo, é uma substituição como as outras com excepção de que o lesionado não tem de sair pela zona se substituições.

- o jogador lesionado que é assistido e o treinador quer que ele continue em jogo, nada mais fácil para contornar a situação que o Bruno coloca, do que um seu colega após este sair, entar na superfície de jogo e de imediato voltar a sair, ai o ex-lesionado já pode entrar sem que o jogo tenha recomeçado e sem autorização do árbitro, pois passa a ser uma substituição como as outras, ter atenção que para reentar nesta situação o ex-lesionado tem que o fazer pela zona de subztituições, alertar tambem para o facto de chamar atenção para o arbitro para o que estão a fazer, pois se este nao se aperceber o ex-lesionado vai reentrar e o mais certo é o arbitro o advertir.

-quanto a questão do Bruno, eu como árbitro deixo sempre o jogodor reentrar após o jogo recomeçar, com uma excepção, não permito que o jogador reentre numa zona onde a bola está a ser disputada, ou seja, previno que com a sua reentarda tire vantagem ao reentar na superficie de jogo

- por último e peço desculpa, mas muito se exige dos árbitros, mas na minha opinião, quer treinadores quer atletas têm de conhecer um pouco mais as leis do Futsal, não vou chamar atenção para a questão dos tackles, pq teria de ser muito extenso, mas sim, para a questão das substituições nos tempos mortos, estas não são permitidas durante estes, mas depois destes sim, e não quando o jogo recomeça, ou seja, após o apito do árbitro ou do soar o buzinão, não sendo necessário como se vê dezenas de vezes estarem junto a linha lateral a espera que o jogo recomeçe para efectuar a substituição

Bruno Santos disse...

Caro anónimo (àrbitro):
Obrigado pelo seu texto que me parece esclarecer de uma forma clara a questão levantada. Coloquei a questão como forma de tentar uniformizar algo que parece não estar uniformizado, pois diferentes àrbitros têm diferentes abordagens face a esta situação, apesar do escrito na lei ser claro.
Apesar de ser um tema que envolve pouco debate, fico agradado pela forma séria e honesta como todos têm participado. Sem picardias e sem parvoíce este espaço torna-se muito mais útil ao Futsal. A questão das substituições nos tempos mortos também é um assunto pertinente que seria bom que tivesse a interpretação correcta por parte de todas as equipas de arbitragem. Aí só tenho uma dúvida que ainda ninguém me conseguiu tirar... Sendo claro que entre o fim do tempo morto (assinalado pela buzina) e o reatamento do jogo se pode substituir, porquê proíbir as substituições nos tempos mortos, visto na prática ser praticamente a mesma coisa?
Um abraço.

ACardoso disse...

Caro Bruno:

As substituições durante o chamado "tempo-morto", isto é, entre o consentimento do árbitro mediante sinalética própria e o final do mesmo, assinalado com a buzina do cronometrista, não serão permitidas pelo facto de que o(s) árbitro(s) necessitarem saber a todo o momento quem é "jogador" e "substituto", daí terem estes k manter vestido o colete ou outra peça de vestuário k os distinga daqueles, muito por força de eventuais incidências disciplinares.
Assim, em caso de expulsão de um elemento, naquele instante, se verificará se a equipa é reduzida ou não!
Abraço, ACardoso

ACardoso disse...

Caros "amigos, conhecidos e quejandos"...

Interessante este tema trazido pelo Mentor deste espaço, sem dúvida! E até o teor dos comentários é elevado, como podemos verificar. Quer isto dizer k nem só os mentecaptos e mordazes espíritos por cá passam... ou então, tb são capazes de fazer crítica construtiva ou positiva!
Mas tb terei k o dizer, por me parecer real... trata-se afinal de mais um tema em torno da Arbitragem! E eu verifico, com muita lástima, a baixa qualidade de trabalho desenvolvida neste distrito. Verifico no jogo, falam os "treinadores" das equipas alheias e contam-me alguns atletas, como sucedâneo das UT k lhes são ministradas! E tanto k gostaria de aqui encontrar gente preocupada com "saídas de pressão", com "equilíbrios defensivos/ofensivos", com "compensações e sobreposições", etc etc! Porque esses problemas existem! Ou achamos k não? Mas sabem porque ninguém se abre, dessa forma? Porque atacar a arbitragem é sp mais fácil, juntam-se logo uns milhares de apoios e escusamos de nos colocar expostos a críticas ao nosso trabalho.
E deixo-vos aqui uma expressão minha: "Corajoso e determinado é aquele k pede ajuda, sabendo k desta forma pode melhorar e assim consegui-lo-á mais rápido!"
Abraço de Saudações Desportivas e de bom trabalho!

ACardoso, Árbitro e Treinador e tal...

Anónimo disse...

Já que estamos numa de levantar questões, gostaria de saber a resposta para uma situação de jogo. O guarda redes se defender um remate e colocar a bola na sua baliza é considerado golo, será da mesma forma validado o golo se este após a defesa a colocar na baliza adversária com a mão? Abraços

Anónimo disse...

na própria baliza é válido. na adversária, nao...

ACardoso disse...

LEI 10 – MARCAÇÃO DE GOLOS

Golo marcado

Um golo é marcado quando a bola transpõe completamente a linha de
baliza, entre os postes e por baixo da barra, sem que tenha sido
lançada, transportada ou intencionalmente impelida com as mãos ou com os braços, por um jogador da equipa atacante, incluindo o guarda-redes e desde que a equipa que marca não tenha previamente infringido as Leis do Jogo.

Posto isto e considerando k o Guarda-Redes apenas é atacante quando o seu objectivo é a baliza adversária, só neste caso ficará impedido de obter golo DIRECTAMENTE! No outro caso e supondo k defendeu a bola dentro das linhas delimitadoras da Superfície de Jogo, isto é, a bola não deixou de estar em jogo, se a introduz na sua baliza será considerado golo!

Saudações Desportivas

João Jorge disse...

Bruno esta questão que levantas-te pode dar o mote para a criação de um espaço para se discutirem ideias válidas, e tirarem-se dúvidas sobre o tema arbitragem, ao invés do tema árbitros. Eu aproveitava até para lançar um repto ao expoente máximo da nossa arbitragem quer distrital, quer nacional, António Cardoso, para lançar um blog sobre o tema. Ou, então o Bruno, na impossibilidade de António Cardoso não o poder fazer, de continuar com um espaço neste blog e solicitar a colaboração dos árbitros. Unidos em prole da modalidade faremos com que ela seja cada vez mais sedutora e importante. Todos nós, treinadores, jogadores, árbitros, amantes da modalidade, e público em geral, temos a ganhar com isso.
Fica lançado o repto!
Por vezes não está tanto em causa o conhecimento ou desconhecimento das regras, mas sim a sua interpretação. E, é mjuito bom trocarmos ideias.

ACardoso disse...

Agradeço as suas atenciosas palavras, embora não me sinta, em boa verdade, credor de tantos encómios, leia-se comprometimentos...
Desde já devo referir a minha impossibilidade de enveredar pelo tipo de procedimento k anunciou. E isto porquê? Pq existe um sector no CA da AFC a quem cabem as responsabilidades de leccionar e esclarecer tudo k diga respeito às Leis de Jogo e Regulamentações. E tudo o k pudesse considerar ou opinar, seria apenas de carácter pessoal. E k acabaria por, invariavelmente, colidir com determinadas “cabeças”, com as quais não comungo em todas as convicções. Deste modo, julgo não poder servir os interesses globais da Modalidade!
Grato pls palavras, uma vez mais,

Anónimo disse...

NOS tempos mortos há que ter em atenção, porque há marcadores eleectronicos, como o do vilaverdense, que durante um periodo de desconto, dá uma primeira buzinadela aos 50 segundos, e só passado os proximos 10 segundos é que dá o térmio do tempo de desconto.

Como muitas das vezes há a substituição no fim do tempo morto, neste caso a substituição só poderá ocorrer ao fim dos 60 segundos.
Quando acontece uma substituição antes dos 60 segundos, numa situação destas, poderá haver uma advertênçia ao jogador que deixa de ser substituto, para ser efectivo.

Como neste caso muitas das vezes os treinadores e jogadores e até os árbitros não tÊem conhecimento destes tipos de marcadores electrónicos são iduzidos em erro.

NESTA SITUAÇÃO PENSO QUE DEVERÁ HAVER O BOM SENSO POR PARTE DA EQUIPA DE ARBITRAGEM, POR CAUSA DA INFRACÇÃO QUE POSSA VIR A OCORRER POR PARTE DO JOGADOR QUE VIER A OCORRER EM INFRACÇÃO, PROVALMENTE, SEM CONHECIMENTO DA CAUSA, PORQUE SEI QUE JÁ HOUVE MUITOS JOGADORESS A SEREM ADVERTIDOS POR UMA SITUAÇÃO DESTAS.... ACHO E TENHO A CERTEZA QUE POR MIM HÁ O BOM SENSO.



UM ARBITRO DE FUTSAL

Anónimo disse...

Essa é nova...
Jogo lá com bastante regularidade e nunca me apercebi de tal.
Dez segundos, é muita coisa. talvez até esteja enganado.
Quanto ao placar é capaz de ser o melhor em utilização no campeonta distrital.

Anónimo disse...

ANONIMO DAS 17:01
Eu não meto em causa se o placar é o melhor ou não anivel distrital.
O que digo é que foi só um exemplo que eu dei quando referi o placar do vilaverdense, é que como esse há com certeza outros iguais, e nem sequer quero por em causa a instituição vilaverdense.
Foi só um exemplo que dei.

e se quiser confirme e voçe vem a verificar que eu tenho razão naquilo que digo.


UM ARBITRO DE FUTSAL.