Aqui fica o rescaldo das perguntas ao treinador do Alfarelense: Daniel Lourenço. Além das seleccionadas, entre as deixadas pelos visitantes, anexei outras que considerei pertinentes.
Antes demais gostaria de agradecer ao Daniel, pela disponibilidade demonstrada e pelo seu espirito colaborativo. A ele desejo as maiores felicidades e fica aqui o meu muito obrigado!
Antes demais conta-nos um pouco do teu percurso no Futebol / Futsal para que te possamos conhecer um pouco melhor:
Como na maioria dos casos iniciei-me, como praticante, no futebol de 11. Comecei a jogar na minha terra, Figueiró do Campo, com a idade de iniciado no escalão de juvenis. Na época seguinte mudei-me para o Condeixa onde joguei 3 épocas (iniciado, e juvenis), sempre em futebol de 11. Na época 97/98 voltei ao GD Fig. do Campo, agora no futsal (futebol de 5 na altura), onde joguei os 2 anos de júnior, onde me sagrei campeão distrital no 2.º ano de júnior (98/99). Chegado a sénior não houve continuidade no GDFC com o futsal e voltei ao futebol até final de 2002/03.
Como treinador comecei muito jovem, com 18 anos, a treinar os juvenis de futsal do GDFC em 98/99. Nas 2 épocas seguintes orientei os juniores (99/00 e 00/01) e no final de 2001/02 assumi a equipa feminina do GDFC.
Em 2003/04 recebi o convite do Alfarelense para treinar os seniores, onde continuo até hj. Para além disso acumulei ainda a liderança dos juniores em 2005/06 e 2006/07, e este ano os juvenis deste clube. Esta época acompanho ainda a equipa de escolas do Centro Social de Figueiró do Campo, no qual desempenho as funções de Coordenador da Secção Desportiva desta instituição.
Além disto completei a licenciatura de Ciências do Desporto e Educação Física, ramo de Desporto, com opção Futebol I e II, na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra.
1 - Desde sempre classifiquei o Alfarelense como uma equipa que joga essencialmente no erro, aproveitando muito bem os erros adversários para vencer os jogos. Revês a tua equipa dessa forma ou tens outra opinião?
O que procuro implementar nas minhas equipas é que tenham o controlo do jogo através do domínio da posse de bola e sua circulação. Na fase defensiva procuramos fazer uma zona pressionante na linha 2, de modo a ganhar a bola o mais perto possível da baliza contrária e por conseguinte mantê-la afastada da nossa área. No entanto quando defrontamos equipas com valor que conseguem superar a nossa primeira linha de pressão somos obrigados a baixar para trás da linha da bola, como aconteceu com o Vilaverdense, e sair mais em contra-ataques e ataques rápidos a partir dos erros alheios. Mas não é essa a nossa filosofia de jogo, nem considero que sejamos uma equipa que jogue na espera do erro, mas antes uma equipa que procura pressionar e causar erros.
2 - O Alfarelense está a realizar uma época de muito bom nível. Qual o segredo para uma época tão positiva?
Não há segredos. O que há é um grupo de amigos muito forte, que está junto já há 3/4 anos, e que este ano, ao contrário do ano passado, tem tido alguma sorte nos momentos menos bons. Esta sorte, que creio ser fruto do nosso trabalho e nossa qualidade tem-nos ajudado a somar alguns pontos importantes e assim espero que continue.
3 - A equipa está em primeiro lugar da classificação. Porque achas que nunca se ouviu falar do Alfarelense como candidato à subida?
Nunca se ouviu porque no plano teórico seriam outras equipas que se esperava ocuparem este lugar. No entanto, fruto da nossa época passada (4.º lugar e ½ final da taça) penso que já contavam connosco para a parte superior da tabela e incomodar os principais favoritos.
4 - No ano passado o Alfarelense esteve na frente e depois perdeu terreno... A experiência de 2006/2007 fará a diferença este ano?
Salvo erro na época passada só ocupamos o 1.º lugar uma ou duas semanas, e numa fase inicial do campeonato. Nessa fase foi quando a sorte não nos acompanhou e mesmo fazendo dos melhores jogos do ano tivemos 3 derrotas seguidas que nos remeteram para o meio da tabela. Por isso considero que não essa experiência nos possa valer de muito. O que nos pode ser útil é mais 1 ano em conjunto a trabalhar, assimilando processos e rotinas de jogo.
5 - Na taça foram derrotados pela Ribeira de Frades que milita na divisão anterior. Pelo que se ouve consta que não puderam contar com todos os jogadores. Foi essa a razão?
Se é isso que consta, certamente não foi da nossa parte que ouviram isso pois não corresponde à realidade. Tivemos a maioria dos atletas presentes, e dos mais utilizados não faltou nenhum. Apenas o guarda-redes foi expulso no início do jogo, mas também não foi por isso que perdemos. A derrota deveu-se ao valor do adversário, muito experiente, que aproveitou muito bem os nossos poucos erros dessa noite, e teve a sorte e uma grandíssima exibição do seu guarda-redes do seu lado que, apesar da nossa boa exibição, não nos permitiu um resultado melhor.
6 - Como classifica a prestação da tua equipa e das restantes (Principais surpresas / desilusões) na presente época?
Como é obvio, estando em primeiro, não posso dizer mal da prestação da minha equipa. Contudo não estou totalmente satisfeito e penso que podemos e devemos melhorar consideravelmente. Não estamos a atingir as nossas potencialidades e devemos melhorar o nosso nível exibicional.
Dos adversários a principal surpresa é, sem dúvida, a má performance do CRIA. Era para mim um dos 2 mais fortes candidatos à subida e está para já longe desses lugares. Apesar disso não os defrontei ou observei e não posso dizer que essa desilusão seja fruto de más exibições, desconhecendo o que realmente se passa. No resto está tudo como era esperado, ou seja, muito equilibrado.
7 - Já te consideras um candidato à subida? E quais são para ti os candidatos à subida?
Com a nossa actual classificação é lógico que a subida vai aparecendo nos nossos pensamentos, contudo não é, claramente, o nosso principal objectivo. Seria-o se não tivessem falhado algumas das nossas ideias antes do começo do campeonato, assim, o principal objectivo delineado no início da época é o de melhorar a nossa prestação da época passada, sendo que o 1.º lugar é 1 dos lugares possíveis…
O principal candidato é, na minha opinião, o Vilaverdense. Como disse antes pensava que o CRIA dividiria esse favoritismo, mas fruto do mau início parece-me demasiado atrasado para tal. Numa 2.ª linha coloco-nos a nós, junto com o Bruscos, Conchada e Tocha. Tendo em conta os recentes acontecimentos talvez o Tocha tenha algumas dificuldades em aproximar-se desta luta. Mas o que destaco nesta época é o equilíbrio entre quase todas as equipas que não permitirá desleixos de ninguém em lado nenhum e caso os aconteçam certamente serão castigados com perda de pontos.
8 - Quais os seus objectivos futuros como treinador de futsal? A curto prazo e a longo prazo.... É teu objectivo treinar numa equipa com outras condiçoes ou levar o Alfarelense aos nacionais?
Os meus objectivos são os de qualquer treinador, evoluir, ter desafios cada vez mais aliciantes, mais altos. Um dos que gostaria de concretizar será o de tirar o III nível de treinador, bem como fazer estágios com treinadores de equipas de primeira divisão, o que não será fácil pois a minha situação profissional nem sempre me permite isso.
Como é lógico treinar uma equipa nos nacionais faz parte dos meus objectivos, como de qualquer treinador dos distritais, seja com o Alfarelense ou com outra equipa. Mas também é natural que preferia faze-lo com este grupo de amigos, no Alfarelense, o que penso não será de todo impossível…
9 - Consideras que o Alfarelense tem uma estrutura suficientemente forte para disputar um nacional?
Essa questão deveria ser feita aos directores do clube, contudo penso que tem todas as condições para tal, pois tem um presidente e directores que se dedicam de corpo e alma a este clube e com certeza tudo fariam para isso acontecer. Bem como estes jogadores estariam disponíveis a alguns sacrifícios para isso. Uma coisa que julgo que nunca diremos será que não subimos porque não queríamos pois não temos condições para isso. Se tivermos a felicidade de ganhar esse direito certamente lá estaremos.
10 - Quais os jogos mais marcantes na tua carreira como treinador?
Sem dúvida que o mais marcante, pela positiva, foi o jogo da subida no final de 2005/06. Tudo se decidiu na última jornada, num jogo muito emotivo até final, onde felizmente concretizámos a subida. Pela negativa recordo o jogo da ½ final da taça na época passada pois frente ao vencedor do campeonato fizemos um excelente jogo, mas a sorte não esteve do nosso lado e ficámos com o amargo na boca de pensar que merecíamos mais.
11 - Conhecendo um pouco do distrital, quais consideras as equipas mais fortes a nível distrital, considerando a Honra e a 1ª Distrital?
Sem dúvida que a equipa que se destaca é, para mim, o Vilaverdense. É a equipa que joga o futsal mais rico tacticamente, com muita velocidade e qualidade, fruto do bom trabalho, desde há muitos anos, do seu treinador, e também das suas ricas camadas jovens. Na 1.ª Distrital não conheço muitas das equipas e seria injusto estar a destacar alguma.
12 - Tendo disputado jogos em Polidesportivos e em Pavilhão ao longo das últimas épocas, que opinião tens sobre a utilização de Polidesportivos para a pratica de Futsal?
É lógico que é preferível o uso de recintos cobertos, e a modalidade tende para essa obrigação. Mas acho que por vezes se excedem nas críticas às equipas que os usam, já que normalmente não o fazem por opção mas sim por obrigação, pois não têm outra opção. Além disso são as essas equipas as principais prejudicadas e não quem as visita uma vez por época, pois muitas vezes são privadas da possibilidade de treinar. A título de exemplo na época passada a nossa equipa de juniores não pôde treinar durante 15 dias por chover nos dias dos treinos. Em relação aos seniores um dos factores que ajudou à nossa evolução foi o facto de podermos fazer 2 treinos por semana em pavilhão, e este ano os 3 treinos. Por outro lado já joguei em pavilhões que as condições do terreno eram muito difíceis e talvez mais perigosas que estes polidesportivos pois com humidade era quase impossível segurar-se em pé durante a corrida, até mesmo no nosso pavilhão em Soure.
Concluindo, acho que é importante, ou mesmo essencial, que se evolua para o uso exclusivo de recintos cobertos, contudo deveremos ser compreensivos com quem ainda não tem a possibilidade/felicidade de o poder fazer pois eles são os principais prejudicados, e não quem faz um único jogo naquelas condições.
Agradeço por te lembrares de mim para esta iniciativa, que espero continue pois é importante a partilha de opiniões entre nós e só assim a modalidade pode evoluir. Para mais alguma iniciativa do género podem contar comigo. Estarei sempre disponível para estas acções a bem do futsal e sem polémicas desnecessárias.
O meu obrigado e saudações desportivas a todos os elementos de alguma forma ligados a esta modalidade!
Antes demais gostaria de agradecer ao Daniel, pela disponibilidade demonstrada e pelo seu espirito colaborativo. A ele desejo as maiores felicidades e fica aqui o meu muito obrigado!
Antes demais conta-nos um pouco do teu percurso no Futebol / Futsal para que te possamos conhecer um pouco melhor:Como na maioria dos casos iniciei-me, como praticante, no futebol de 11. Comecei a jogar na minha terra, Figueiró do Campo, com a idade de iniciado no escalão de juvenis. Na época seguinte mudei-me para o Condeixa onde joguei 3 épocas (iniciado, e juvenis), sempre em futebol de 11. Na época 97/98 voltei ao GD Fig. do Campo, agora no futsal (futebol de 5 na altura), onde joguei os 2 anos de júnior, onde me sagrei campeão distrital no 2.º ano de júnior (98/99). Chegado a sénior não houve continuidade no GDFC com o futsal e voltei ao futebol até final de 2002/03.
Como treinador comecei muito jovem, com 18 anos, a treinar os juvenis de futsal do GDFC em 98/99. Nas 2 épocas seguintes orientei os juniores (99/00 e 00/01) e no final de 2001/02 assumi a equipa feminina do GDFC.
Em 2003/04 recebi o convite do Alfarelense para treinar os seniores, onde continuo até hj. Para além disso acumulei ainda a liderança dos juniores em 2005/06 e 2006/07, e este ano os juvenis deste clube. Esta época acompanho ainda a equipa de escolas do Centro Social de Figueiró do Campo, no qual desempenho as funções de Coordenador da Secção Desportiva desta instituição.
Além disto completei a licenciatura de Ciências do Desporto e Educação Física, ramo de Desporto, com opção Futebol I e II, na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra.
1 - Desde sempre classifiquei o Alfarelense como uma equipa que joga essencialmente no erro, aproveitando muito bem os erros adversários para vencer os jogos. Revês a tua equipa dessa forma ou tens outra opinião?
O que procuro implementar nas minhas equipas é que tenham o controlo do jogo através do domínio da posse de bola e sua circulação. Na fase defensiva procuramos fazer uma zona pressionante na linha 2, de modo a ganhar a bola o mais perto possível da baliza contrária e por conseguinte mantê-la afastada da nossa área. No entanto quando defrontamos equipas com valor que conseguem superar a nossa primeira linha de pressão somos obrigados a baixar para trás da linha da bola, como aconteceu com o Vilaverdense, e sair mais em contra-ataques e ataques rápidos a partir dos erros alheios. Mas não é essa a nossa filosofia de jogo, nem considero que sejamos uma equipa que jogue na espera do erro, mas antes uma equipa que procura pressionar e causar erros.
2 - O Alfarelense está a realizar uma época de muito bom nível. Qual o segredo para uma época tão positiva?
Não há segredos. O que há é um grupo de amigos muito forte, que está junto já há 3/4 anos, e que este ano, ao contrário do ano passado, tem tido alguma sorte nos momentos menos bons. Esta sorte, que creio ser fruto do nosso trabalho e nossa qualidade tem-nos ajudado a somar alguns pontos importantes e assim espero que continue.
3 - A equipa está em primeiro lugar da classificação. Porque achas que nunca se ouviu falar do Alfarelense como candidato à subida?
Nunca se ouviu porque no plano teórico seriam outras equipas que se esperava ocuparem este lugar. No entanto, fruto da nossa época passada (4.º lugar e ½ final da taça) penso que já contavam connosco para a parte superior da tabela e incomodar os principais favoritos.
4 - No ano passado o Alfarelense esteve na frente e depois perdeu terreno... A experiência de 2006/2007 fará a diferença este ano?
Salvo erro na época passada só ocupamos o 1.º lugar uma ou duas semanas, e numa fase inicial do campeonato. Nessa fase foi quando a sorte não nos acompanhou e mesmo fazendo dos melhores jogos do ano tivemos 3 derrotas seguidas que nos remeteram para o meio da tabela. Por isso considero que não essa experiência nos possa valer de muito. O que nos pode ser útil é mais 1 ano em conjunto a trabalhar, assimilando processos e rotinas de jogo.
5 - Na taça foram derrotados pela Ribeira de Frades que milita na divisão anterior. Pelo que se ouve consta que não puderam contar com todos os jogadores. Foi essa a razão?
Se é isso que consta, certamente não foi da nossa parte que ouviram isso pois não corresponde à realidade. Tivemos a maioria dos atletas presentes, e dos mais utilizados não faltou nenhum. Apenas o guarda-redes foi expulso no início do jogo, mas também não foi por isso que perdemos. A derrota deveu-se ao valor do adversário, muito experiente, que aproveitou muito bem os nossos poucos erros dessa noite, e teve a sorte e uma grandíssima exibição do seu guarda-redes do seu lado que, apesar da nossa boa exibição, não nos permitiu um resultado melhor.
6 - Como classifica a prestação da tua equipa e das restantes (Principais surpresas / desilusões) na presente época?
Como é obvio, estando em primeiro, não posso dizer mal da prestação da minha equipa. Contudo não estou totalmente satisfeito e penso que podemos e devemos melhorar consideravelmente. Não estamos a atingir as nossas potencialidades e devemos melhorar o nosso nível exibicional.
Dos adversários a principal surpresa é, sem dúvida, a má performance do CRIA. Era para mim um dos 2 mais fortes candidatos à subida e está para já longe desses lugares. Apesar disso não os defrontei ou observei e não posso dizer que essa desilusão seja fruto de más exibições, desconhecendo o que realmente se passa. No resto está tudo como era esperado, ou seja, muito equilibrado.
7 - Já te consideras um candidato à subida? E quais são para ti os candidatos à subida?
Com a nossa actual classificação é lógico que a subida vai aparecendo nos nossos pensamentos, contudo não é, claramente, o nosso principal objectivo. Seria-o se não tivessem falhado algumas das nossas ideias antes do começo do campeonato, assim, o principal objectivo delineado no início da época é o de melhorar a nossa prestação da época passada, sendo que o 1.º lugar é 1 dos lugares possíveis…
O principal candidato é, na minha opinião, o Vilaverdense. Como disse antes pensava que o CRIA dividiria esse favoritismo, mas fruto do mau início parece-me demasiado atrasado para tal. Numa 2.ª linha coloco-nos a nós, junto com o Bruscos, Conchada e Tocha. Tendo em conta os recentes acontecimentos talvez o Tocha tenha algumas dificuldades em aproximar-se desta luta. Mas o que destaco nesta época é o equilíbrio entre quase todas as equipas que não permitirá desleixos de ninguém em lado nenhum e caso os aconteçam certamente serão castigados com perda de pontos.
8 - Quais os seus objectivos futuros como treinador de futsal? A curto prazo e a longo prazo.... É teu objectivo treinar numa equipa com outras condiçoes ou levar o Alfarelense aos nacionais?
Os meus objectivos são os de qualquer treinador, evoluir, ter desafios cada vez mais aliciantes, mais altos. Um dos que gostaria de concretizar será o de tirar o III nível de treinador, bem como fazer estágios com treinadores de equipas de primeira divisão, o que não será fácil pois a minha situação profissional nem sempre me permite isso.
Como é lógico treinar uma equipa nos nacionais faz parte dos meus objectivos, como de qualquer treinador dos distritais, seja com o Alfarelense ou com outra equipa. Mas também é natural que preferia faze-lo com este grupo de amigos, no Alfarelense, o que penso não será de todo impossível…
9 - Consideras que o Alfarelense tem uma estrutura suficientemente forte para disputar um nacional?
Essa questão deveria ser feita aos directores do clube, contudo penso que tem todas as condições para tal, pois tem um presidente e directores que se dedicam de corpo e alma a este clube e com certeza tudo fariam para isso acontecer. Bem como estes jogadores estariam disponíveis a alguns sacrifícios para isso. Uma coisa que julgo que nunca diremos será que não subimos porque não queríamos pois não temos condições para isso. Se tivermos a felicidade de ganhar esse direito certamente lá estaremos.
10 - Quais os jogos mais marcantes na tua carreira como treinador?
Sem dúvida que o mais marcante, pela positiva, foi o jogo da subida no final de 2005/06. Tudo se decidiu na última jornada, num jogo muito emotivo até final, onde felizmente concretizámos a subida. Pela negativa recordo o jogo da ½ final da taça na época passada pois frente ao vencedor do campeonato fizemos um excelente jogo, mas a sorte não esteve do nosso lado e ficámos com o amargo na boca de pensar que merecíamos mais.
11 - Conhecendo um pouco do distrital, quais consideras as equipas mais fortes a nível distrital, considerando a Honra e a 1ª Distrital?
Sem dúvida que a equipa que se destaca é, para mim, o Vilaverdense. É a equipa que joga o futsal mais rico tacticamente, com muita velocidade e qualidade, fruto do bom trabalho, desde há muitos anos, do seu treinador, e também das suas ricas camadas jovens. Na 1.ª Distrital não conheço muitas das equipas e seria injusto estar a destacar alguma.
12 - Tendo disputado jogos em Polidesportivos e em Pavilhão ao longo das últimas épocas, que opinião tens sobre a utilização de Polidesportivos para a pratica de Futsal?
É lógico que é preferível o uso de recintos cobertos, e a modalidade tende para essa obrigação. Mas acho que por vezes se excedem nas críticas às equipas que os usam, já que normalmente não o fazem por opção mas sim por obrigação, pois não têm outra opção. Além disso são as essas equipas as principais prejudicadas e não quem as visita uma vez por época, pois muitas vezes são privadas da possibilidade de treinar. A título de exemplo na época passada a nossa equipa de juniores não pôde treinar durante 15 dias por chover nos dias dos treinos. Em relação aos seniores um dos factores que ajudou à nossa evolução foi o facto de podermos fazer 2 treinos por semana em pavilhão, e este ano os 3 treinos. Por outro lado já joguei em pavilhões que as condições do terreno eram muito difíceis e talvez mais perigosas que estes polidesportivos pois com humidade era quase impossível segurar-se em pé durante a corrida, até mesmo no nosso pavilhão em Soure.
Concluindo, acho que é importante, ou mesmo essencial, que se evolua para o uso exclusivo de recintos cobertos, contudo deveremos ser compreensivos com quem ainda não tem a possibilidade/felicidade de o poder fazer pois eles são os principais prejudicados, e não quem faz um único jogo naquelas condições.
Agradeço por te lembrares de mim para esta iniciativa, que espero continue pois é importante a partilha de opiniões entre nós e só assim a modalidade pode evoluir. Para mais alguma iniciativa do género podem contar comigo. Estarei sempre disponível para estas acções a bem do futsal e sem polémicas desnecessárias.
O meu obrigado e saudações desportivas a todos os elementos de alguma forma ligados a esta modalidade!
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futsaleiro
bruno parabens por este tipo de iniciativas
E que tal, agora o treinador do Tocha,numa altura tão complicada por que passa aquele clube era bom saber a opnião dele sobre esses e ouros assuntos do clube.
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