Aqui fica o rescaldo das perguntas ao treinador da Prodeco: Nuno Oliveira.
Além das seleccionadas, entre as deixadas pelos visitantes, anexei outras que considerei pertinentes.
Antes demais gostaria de agradecer ao Nuno, pela disponibilidade demonstrada e pelo seu espirito colaborativo. A ele desejo as maiores felicidades e fica aqui o meu muito obrigado!
1 - Todos sabemos que tens 12 anos de Prodeco, o que suscita alguma curiosidade! Porque nunca saíste para outro clube?
Em rigor, este é o 13.º ano consecutivo, que espero que seja um ano de sorte… naturalmente que ao longo deste tempo tive várias oportunidades para sair. Algumas abordagens que não passaram disso mesmo, e outros convites mais formais. Nos juvenis, estive para ingressar no Santa Clara por 2 vezes, mas na altura não me deixaram sair; na passagem para o meu último ano de júnior, estive para ir para os juniores da Naval em futebol de 11, depois de me terem visto na final da taça de juniores, mas recusei porque achei que não era o que queria; há 4 anos atrás, o mister João Moura convidou-me para ir para o União de Coimbra, no ano em que subiram, mas depois de uma conversa com os responsáveis da Prodeco e em virtude do projecto que me foi apresentado, decidi ficar.
Não me arrependo, bem pelo contrário; sinto um orgulho enorme por ser capitão de equipa há 13 anos consecutivos da Prodeco. Acima de tudo, tenho uma ligação sentimental muito forte com o clube e com as pessoas, o que me leva a querer retribuir tudo o que tem sido feito por mim e por todos ao longo dos tempos.
2 - Visto que estás a alguns anos na Prodeco, conta um pouco a evolução da instituição em termos desportivos.
A instituição começou com uma equipa de juvenis em 1994, da qual eu fazia parte. Passados 3 anos, surgiu a equipa feminina, fomos criando escalões de formação, e o clube foi desenvolvendo a sua identidade e sustentabilidade.
Penso que o passo decisivo na evolução da instituição passou pela adaptação do gimnodesportivo descoberto para pavilhão, permitindo que tenhamos hoje condições que durante 10 anos nunca tivemos e que atrasou a evolução do nosso futsal, quer em termos de treinos, quer em termos de recrutamento de pessoal de qualidade, sejam jogadores ou treinadores.
Hoje o clube vai dispondo de mais condições, e o objectivo passa por dar passos firmes e sustentados, no sentido de, à medida que vai sendo possível, dotar a instituição das condições que entendemos serem as ideais para a prática da modalidade.
Concomitantemente com esta evolução em termos de infra estruturas, houve, correspectivamente, o surgimento de resultados desportivos. Sempre tivemos boas classificações nos escalões de formação e nos seniores femininos, faltava-nos dar o salto nos seniores masculinos. Conseguimo-lo há 2 anos, num ano fantástico para o clube.
3 – Foste dos primeiros a nível distrital a ter um blog, que deu impulso a muito outros! Eu por exemplo fui espicaçado por esta frase: “Acordei bem-disposto a pensar no jogo. Estava um belo dia de sol, muito frio, há muito que tinha a táctica delineada para o jogo, sabia já a gestão que ia fazer ao longo da partida”. De onde surgiu a ideia de criares um blog onde os teus primeiros comentários tinham uma dose de “romantismo” que levavam o jogo muito para além das 4 linhas?
Não vejo o futsal como algo que se tenha que cingir à quadra. Por vezes, quando leio determinadas crónicas, seja na blogosfera ou noutros meios, tenho a sensação de que as pessoas falam do futsal ou do futebol como se fosse uma ciência oculta… Quis desmistificar um pouco isso, mas admito que nem sempre fui bem interpretado. Muitas das crónicas que fiz foram vistas como assumindo sempre um cariz provocatório ou, pior ainda, de crítica velada aos adversários. A maior parte das vezes não foi esse o meu objectivo que, repito, passava por introduzir uma lufada de ar fresco, de novidade, inovação e, porque não dizê-lo, alguma rebeldia. Penso que isso foi conseguido e muitos dos que me criticaram na altura, assumiram, posteriormente, posições idênticas.
A frase em questão, já agora, foi escrita depois do jogo em Espariz, contra a tua equipa da altura; vínhamos de uma série ininterrupta de vitórias e tinham apostado comigo dentro do clube em como iríamos ter a 1ª derrota. Essa crónica e o seu conteúdo, tal como acontece com muitas delas, teve destinatários internos, foi uma mensagem lá para dentro, que surtiu efeito. Se alguém ainda tinha dúvidas acerca do estofo da equipa para subir, dissipou-as na altura.
4 – Na época antes da subida sei que a equipa Masculina da Prodeco teve muitas dificuldades para constituir equipa para diversos jogos ao longo da 2ª volta… E falou-se até no seu desaparecimento… Depois assumiste a equipa e tiveste os resultados que todos sabemos! O que mudou radicalmente de um ano para o outro?
O ano anterior ao da subida foi o mais instável de que me lembro. O pavilhão estava em obras, não tínhamos sítio fixo para treinar, e conhecemos 4 treinadores nessa época. A época começou bem, orientados pelo treinador brasileiro Márcio que já tinha orientado o Covão do Lobo, mas depois de perdermos 1-2 com a Académica B em casa e de sairmos derrotados em Miranda por 4-1, decidiu sair. A partir daí, tivemos uma solução transitória que não resultou, para, posteriormente, o Miguel Cavadas assumir o comando como jogador-treinador. A equipa era muito indisciplinada na altura, e isso fez com que, em vários jogos, tivéssemos poucos jogadores. A 3 jornadas do fim, o Miguel saiu, e tomei conta da equipa nos últimos 3 jogos em que não perdemos nenhum: a minha estreia como treinador-jogador foi em Santa Clara, em que ganhamos por 4-7.
No ano seguinte, houve um conjunto de felizes coincidências. Contratámos um treinador que, à última hora, nos informou que não podia assumir o comando da equipa; eu tinha-me lesionado entretanto e foi-me colocado o desafio de assumir o comando. Fui trabalhando a equipa naquilo que entendia que ela era mais vulnerável: disciplina, táctica e interna, aspectos defensivos, rotinas de jogo, etc. O grupo foi apreendendo a mensagem, as vitórias foram surgindo, criámos um espírito de grupo fortíssimo, mentalmente tornámo-nos muito consistentes.
Acho que, essencialmente, mudou a mentalidade. Exigência, rigor, disciplina, espírito de grupo e de vitória.
5 – Tens tido experiência de treinador, jogador e jogador/treinador. Qual delas mais te seduz, qual a mais difícil e porquê? Quais são as tuas ambições em relação ao futsal? Jogador ou Treinador?
Aquela que mais me seduz, no imediato, ainda é a de jogador. Adoro jogar, estar dentro de campo, é uma paixão inexplicável. De momento, o problema físico com que estou impede-me de dar o meu contributo à equipa, mas não vejo a hora de poder voltar a vestir a camisola 7.
A mais difícil é, claramente, a de treinador-jogador. Sou muito exigente comigo e com os atletas, pelo que é preciso é grande auto-confiança e muita concentração para gerir o jogo e as emoções quando se está nesta dupla tarefa. Felizmente, tenho sentido o apoio de todos, o que facilita as coisas.
Ambiciono conquistar títulos como jogador, condição que quero manter por mais alguns anos. Todavia, e sempre que estiver como treinador, a ambição é a mesma: formar uma equipa forte, capaz de lutar com os melhores de igual para igual para tentar conquistar troféus.
6 - Como estás a ver o campeonato de divisão de honra desta época? Na tua opinião, quem se tem destacado pela positiva e pela negativa?
Um campeonato muito equilibrado, em que qualquer equipa pode perder pontos a qualquer momento. Pela positiva, claramente o Alfarelense e o Bruscos, pela classificação que ocupam e pelo futsal exibido, apesar de já terem saído da taça. Pela negativa, o maior destaque vai para o CRIA, que no início perspectivei como a principal candidata ao título.
7 - Não é normal acontecer haver jogadores mais velhos que o próprio treinador. Como lidas com essa situação? E esses atletas mais velhos aceitam bem as tuas decisões? Diz o que pensas sobre isto.
Tenho muitos jogadores mais velhos que eu na equipa: Vitor Hugo, Cravo, Amaral, Veríssimo, Branco, são os casos mais evidentes. São jogadores com quem nunca tive nenhum problema do foro disciplinar, sendo que já agi disciplinarmente várias vezes desde que sou treinador, com outros jogadores. Nunca lhes ouvi nem vi nada que merecesse reparo: são grandes atletas, grandes jogadores e amigos que aceitam sempre qualquer decisão que tome, mesmo que os deixe de fora das convocatórias ou não os ponha a jogar. No entanto, qualquer deles sabe, como os outros, que no momento em que pisarem o risco, terão que sofrer a respectiva sanção disciplinar.
Aliás, e em geral, é esta a tónica deste grupo. Identificam-se com a minha forma de liderar a equipa. Todos eles, sem excepção, sabem distinguir as coisas, a amizade do resto, por isso digo que tenho um excelente grupo de trabalho, disciplinado, e com muita vontade de ganhar.
8 - O que sentes qd te chamam o mourinho do futsal distrital? Achas que é em termos elogiosos ou negativos? Porque é que achas que isso surgiu?
Acho que surgiu pela sucessão de vitórias que tivemos na altura, pelo tipo de discurso que utilizava, pelos chamados mind games e, mais internamente, pela forma como preparava a equipa para os jogos. Haverá quem o tenha dito em termos elogiosos, outros tê-lo-ão referido em tom pejorativo. É pouco importante, não dou grande relevância nem aos elogios nem às críticas, especialmente quando vêm de pessoas que não me dizem nada.
9 - Quando começaste a fazer as crónicas de jogo, tinhas um tipo de discurso mais agressivo, em que "picavas" constantemente os adversários, mas noto que alteraste o estilo… Alguma razão em especial?
Foi uma atitude consciente da minha parte. Quando comecei, senti necessidade de dar mais visibilidade à equipa e de espicaçar internamente o grupo. Percebo que algumas pessoas dos outros clubes tenham ficado melindrados com alguns comentários, mas todos eles tinham um objectivo, essencialmente a motivação do meu grupo, porque sabia perfeitamente o efeito que isso causava e a repercussão que assumia no jogo.
Naturalmente que hoje a situação é diferente, mais maturidade, mais traquejo, não sinto tanta necessidade de enveredar por aí, pelo que posso “despir um pouco a máscara” e ser mais objectivo. Isto sem prejuízo de continuar a ser frontal, defender os meus pontos de vista e o meu clube até ao fim.
10 - De uma forma objectiva:
É possível à Prodeco lutar pela subida?
Se vier a subir, tem estrutura para os nacionais?
Objectivamente, a luta pela subida dependerá do que fizermos nos próximos 2 jogos. Se os ganharmos, acredito que estaremos na luta.
Se viermos a subir, haverá várias coisas a alterar e a melhorar em termos de estrutura organizativa e de meios. É um facto incontornável. Mas tal como nos fomos adaptando a novas exigências e realidades, acredito plenamente que o clube saberia reestruturar-se para fazer face às exigências de uma nacional.
11 – A Prodeco trocou de treinador recentemente… O que falhou com a anterior equipa técnica? Tendo assumido as funções de treinador/jogador porque razão não as assumiste nem no inicio da última época nem no inicio desta logo? E porque razão assumiste agora?
Ás vezes a mensagem do treinador não passa tanto como ele e o grupo quereriam. Não houve uma assimilação dos processos de treino e jogo idealizados pela anterior equipa técnica e isso reflectiu-se nos resultados. Isso não belisca em nada o grande treinador que é o mister João Moura e a grande admiração que tenho por ele.
Não assumi o comando técnico no início da última época porque queria voltar a ser, única e exclusivamente, jogador. Apesar das insistências, recusei porque entendia que o clube necessitava de outra estrutura para a divisão de honra. Este ano, e apesar do mister Fernando Filipe ter feito um bom trabalho, o grupo de trabalho entendeu que era necessário ter à frente alguém com outro perfil, daí a escolha do mister João Moura.
Aquando da saída dele, fui confrontado por parte de todo o grupo e direcção, em como só eu teria condições para levar esta equipa a atingir os seus objectivos. Nunca procurei esta solução, bem pelo contrário. Mas em face das circunstâncias, não pude virar costas e fugir às minhas responsabilidades. Aceitei e vou levar até ao fim o meu compromisso, dando tudo o que estiver ao meu alcance para retribuir toda a confiança que foi depositada nas minhas capacidades.
12 - Conhecendo um pouco do distrital, quais consideras as equipas mais fortes a nível distrital, considerando a Honra e a 1ª Distrital? Quem consideras os principais candidatos à subida à 3ª divisão? Principais surpresas / desilusões da presente época?
A equipa mais forte da honra é, sem dúvida, o Vilaverdense, pelo processo de aprendizagem desenvolvido ao longo dos anos por um dos melhores treinadores de futsal do distrito. Na 1ª distrital, Oliveira do Hospital, Santa Clara e Ribeira de Frades são equipas com capacidades para lutar pela subida, sendo que as surpresas se chamam Gatões e Domus Nostra, que estão agora a colher os frutos da aposta na formação que têm vindo a fazer ao longo dos últimos anos. A principal desilusão, para mim, chama-se Lagonense, uma equipa com enorme historial que está a fazer um mau campeonato.
13 – Estás neste momento a treinar seniores masculinos e femininos! Quais as principais diferenças em termos de treinos, abordagem dos jogos, etc… Conta um pouco as diferenças entre o trabalho feito num e noutro escalão.
A metodologia de treino não varia muito, sendo diferente a intensidade com que são feitos alguns exercícios. Na equipa feminina, e por ter algumas jogadoras que iniciam agora o seu percurso no futsal, houve que introduzir nos treinos aspectos quase rudimentares do futsal, para que possam crescer de forma sustentada.
Penso que a diferença mais visível em termos competitivos reside no facto de, nos seniores femininos, o aspecto individual ser ainda determinante para o desfecho final da partida. Há equipas que, pelo facto de terem 1 ou 2 jogadoras acima da média, conseguem ir ganhando, mesmo que não tenham qualidade em termos de futsal praticado.
Nos seniores masculinos, já não é muito habitual uma equipa ancorar-se em torno de 1 ou 2 jogadores, pelo que aqui é o colectivo que tende a sobressair.
Em termos de abordagem, tem variado, por vezes, o discurso. A equipa feminina lida menos bem com a pressão do resultado e com a crítica, necessitando mais que a minha intervenção seja ao nível da motivação.
14 – Cantanhede é o concelho do distrito de Coimbra com mais praticantes Femininos! Porque razão há uma aptidão tão grande para se praticar futebol/futsal feminino nessa zona?
Um sociólogo responderia a essa questão melhor que eu, mas quero acreditar que a existência de clubes como o Cadima, ao nível do futebol de 11, e da Prodeco, no futsal há 10 anos, tenha despertado, pelo mediatismo regional destas equipas, vontade e interesse nas praticantes mais jovens.
15 – Em termos Femininos estás a formar uma nova equipa que já consegue lutar com adversários que teoricamente seriam muito superiores. Do que vi esta época parece-me que o campeonato está nivelado por baixo… Pensas que a qualidade desceu relativamente aos últimos anos?
Penso que não. Acho, essencialmente, que o Vilaverdense se tornou uma equipa muito mais forte, fruto das contratações que fez que, a aliar à excelente equipa que tinham, a tornam numa equipa de um patamar superior.
Já o ano passado, a Prodeco foi a equipa que mais luta deu ao Vilaverdense, sendo que acredito, plenamente, que esta época, se tivéssemos mantido a estrutura do ano passado, poderíamos lutar pelo título até ao fim. Repare-se que perdemos a g.r. titular da época passada por lesão (Baía), a referência da equipa (Susana) em termos de voz de comando e experiência, a capitã (Nanda) e uma das desequilibradoras (Juliana). Estas saídas foram colmatadas com jogadoras mais jovens e inexperientes (Sandra, Diana, Antónia), que começam agora a jogar, sendo que outras regressaram de longas paragens competitivas (Dora, Ana, Lisete, Eva), cujo rendimento tem vindo gradualmente a subir. A equipa tem crescido muito, física e tacticamente, e neste momento joga de igual para igual em qualquer campo, sendo que há jogadoras que têm tido um rendimento soberbo, um espírito de dedicação e de sacrifício incrível, nos treinos e nos jogos, como a Raquel, a Silvia, a Tinoco e a Joana, que têm jogado a maior parte do tempo. O meu trabalho passa por nivelar a equipa e fazer com que todas venham a ter um rendimento uniforme e a equipa tenha 10/12 soluções com capacidade para desequilibrar a partida a nosso favor.
Queremos subir na classificação até onde for possível e ganhar a taça AFC. Temos qualidade para isso.
16 - Consideras que o Futsal Feminino em Coimbra está a ter uma evolução positiva que levará os jogos a serem mais competitivos, ou de ano para ano a tendência é os bons valores concentrarem-se numa super-equipa para atacar o Nacional?
Penso que a evolução é notória. Há clubes como a Prodeco, o Meãs, o Cria, a Académica, que se têm preocupado em formar jovens jogadoras, enquanto que outros clubes apostam em ir buscar jogadoras feitas, numa perspectiva mais imediatista. Rejeito por completo a ideia da concentração numa super-equipa para se atacar o nacional, penso que seria uma perspectiva redutora e com resultados desastrosos para a evolução do futsal distrital.
17 – Quais os jogos mais marcantes na tua carreira como treinador ou jogador?
Como jogador, relembro algumas vitórias nas camadas jovens sobre a Académica, constituída por jogadores que hoje estão no nacional, e a final da taça de juniores com o Real da Conchada, que empatámos 5-5, mas perdemos nos penalties. Mas o jogo mais marcante foi o da subida de divisão, com a Alfarelense, em casa, há 2 anos, em que ganhámos por 5-1 e estivemos a um nível impressionante.
Como treinador, a vitória na taça AFC há 2 anos com a equipa feminina, por 4-2 ao Mirandense; a final da taça de seniores masculinos perdida com o Cria por 4-3; o jogo do título em Miro, num ambiente infernal, que empatámos 5-5.
Todavia, acho que os jogos mais marcantes estão para vir. Acredito muito que, quer na equipa feminina, quer na equipa masculina, vamos saber superar as dificuldades e atingir aquilo a que nos propusemos e que para o ano possa estar aqui a falar de outros jogos que me marcaram pela positiva.
18 - Os teus jogadores estão a gostar dos teu métodos de treino? Gostavas de ter outro tipo de jogadores ou gostas do plantel que tens? Como todo sabem os jogadores da Prodeco não ganham nada em termos de dinheiro; Quando estes jogadores que jogam por amor ao clube se forem embora e como não a formação de jogadores; Qual será o futuro de Prodeco?
Não falo por interposta pessoa, pelo que só eles poderão responder. Gosto muito do plantel que tenho, pelo que não tive problema nenhum em mandar embora um jogador que pisou o risco no jogo com Vilaverdense. É o plantel que quero e é com ele que conto. Alguns dos jogadores foram formados no clube: Nuno, Dany, Felipe, eu, sendo que houve outros que têm feito parte da equipa, mas que não estão agora connosco, como o Marta, o Zé António, o Juan, o João Hélio. Quanto ao futuro, é uma questão que tem sido debatida, daí a criação de juvenis a época passada, a que não foi dado seguimento este ano, mas que poderá e deverá ser reabilitada na próxima época.
Por último, deixar aqui uma mensagem de grande apreço pelo trabalho desenvolvido pelo Bruno Santos neste blog, que deve ser realçado e enaltecido, porque tem servido para o engrandecimento do futsal distrital.
Despeço-me, com saudações futsalisticas a todos os agentes desportivos que trabalham em prol da modalidade, não sem antes desejar um Feliz natal e um Bom Ano de 2008 para todos.
Antes demais gostaria de agradecer ao Nuno, pela disponibilidade demonstrada e pelo seu espirito colaborativo. A ele desejo as maiores felicidades e fica aqui o meu muito obrigado!
1 - Todos sabemos que tens 12 anos de Prodeco, o que suscita alguma curiosidade! Porque nunca saíste para outro clube?
Em rigor, este é o 13.º ano consecutivo, que espero que seja um ano de sorte… naturalmente que ao longo deste tempo tive várias oportunidades para sair. Algumas abordagens que não passaram disso mesmo, e outros convites mais formais. Nos juvenis, estive para ingressar no Santa Clara por 2 vezes, mas na altura não me deixaram sair; na passagem para o meu último ano de júnior, estive para ir para os juniores da Naval em futebol de 11, depois de me terem visto na final da taça de juniores, mas recusei porque achei que não era o que queria; há 4 anos atrás, o mister João Moura convidou-me para ir para o União de Coimbra, no ano em que subiram, mas depois de uma conversa com os responsáveis da Prodeco e em virtude do projecto que me foi apresentado, decidi ficar.
Não me arrependo, bem pelo contrário; sinto um orgulho enorme por ser capitão de equipa há 13 anos consecutivos da Prodeco. Acima de tudo, tenho uma ligação sentimental muito forte com o clube e com as pessoas, o que me leva a querer retribuir tudo o que tem sido feito por mim e por todos ao longo dos tempos.
2 - Visto que estás a alguns anos na Prodeco, conta um pouco a evolução da instituição em termos desportivos.
A instituição começou com uma equipa de juvenis em 1994, da qual eu fazia parte. Passados 3 anos, surgiu a equipa feminina, fomos criando escalões de formação, e o clube foi desenvolvendo a sua identidade e sustentabilidade.
Penso que o passo decisivo na evolução da instituição passou pela adaptação do gimnodesportivo descoberto para pavilhão, permitindo que tenhamos hoje condições que durante 10 anos nunca tivemos e que atrasou a evolução do nosso futsal, quer em termos de treinos, quer em termos de recrutamento de pessoal de qualidade, sejam jogadores ou treinadores.
Hoje o clube vai dispondo de mais condições, e o objectivo passa por dar passos firmes e sustentados, no sentido de, à medida que vai sendo possível, dotar a instituição das condições que entendemos serem as ideais para a prática da modalidade.
Concomitantemente com esta evolução em termos de infra estruturas, houve, correspectivamente, o surgimento de resultados desportivos. Sempre tivemos boas classificações nos escalões de formação e nos seniores femininos, faltava-nos dar o salto nos seniores masculinos. Conseguimo-lo há 2 anos, num ano fantástico para o clube.
3 – Foste dos primeiros a nível distrital a ter um blog, que deu impulso a muito outros! Eu por exemplo fui espicaçado por esta frase: “Acordei bem-disposto a pensar no jogo. Estava um belo dia de sol, muito frio, há muito que tinha a táctica delineada para o jogo, sabia já a gestão que ia fazer ao longo da partida”. De onde surgiu a ideia de criares um blog onde os teus primeiros comentários tinham uma dose de “romantismo” que levavam o jogo muito para além das 4 linhas?
Não vejo o futsal como algo que se tenha que cingir à quadra. Por vezes, quando leio determinadas crónicas, seja na blogosfera ou noutros meios, tenho a sensação de que as pessoas falam do futsal ou do futebol como se fosse uma ciência oculta… Quis desmistificar um pouco isso, mas admito que nem sempre fui bem interpretado. Muitas das crónicas que fiz foram vistas como assumindo sempre um cariz provocatório ou, pior ainda, de crítica velada aos adversários. A maior parte das vezes não foi esse o meu objectivo que, repito, passava por introduzir uma lufada de ar fresco, de novidade, inovação e, porque não dizê-lo, alguma rebeldia. Penso que isso foi conseguido e muitos dos que me criticaram na altura, assumiram, posteriormente, posições idênticas.
A frase em questão, já agora, foi escrita depois do jogo em Espariz, contra a tua equipa da altura; vínhamos de uma série ininterrupta de vitórias e tinham apostado comigo dentro do clube em como iríamos ter a 1ª derrota. Essa crónica e o seu conteúdo, tal como acontece com muitas delas, teve destinatários internos, foi uma mensagem lá para dentro, que surtiu efeito. Se alguém ainda tinha dúvidas acerca do estofo da equipa para subir, dissipou-as na altura.
4 – Na época antes da subida sei que a equipa Masculina da Prodeco teve muitas dificuldades para constituir equipa para diversos jogos ao longo da 2ª volta… E falou-se até no seu desaparecimento… Depois assumiste a equipa e tiveste os resultados que todos sabemos! O que mudou radicalmente de um ano para o outro?
O ano anterior ao da subida foi o mais instável de que me lembro. O pavilhão estava em obras, não tínhamos sítio fixo para treinar, e conhecemos 4 treinadores nessa época. A época começou bem, orientados pelo treinador brasileiro Márcio que já tinha orientado o Covão do Lobo, mas depois de perdermos 1-2 com a Académica B em casa e de sairmos derrotados em Miranda por 4-1, decidiu sair. A partir daí, tivemos uma solução transitória que não resultou, para, posteriormente, o Miguel Cavadas assumir o comando como jogador-treinador. A equipa era muito indisciplinada na altura, e isso fez com que, em vários jogos, tivéssemos poucos jogadores. A 3 jornadas do fim, o Miguel saiu, e tomei conta da equipa nos últimos 3 jogos em que não perdemos nenhum: a minha estreia como treinador-jogador foi em Santa Clara, em que ganhamos por 4-7.
No ano seguinte, houve um conjunto de felizes coincidências. Contratámos um treinador que, à última hora, nos informou que não podia assumir o comando da equipa; eu tinha-me lesionado entretanto e foi-me colocado o desafio de assumir o comando. Fui trabalhando a equipa naquilo que entendia que ela era mais vulnerável: disciplina, táctica e interna, aspectos defensivos, rotinas de jogo, etc. O grupo foi apreendendo a mensagem, as vitórias foram surgindo, criámos um espírito de grupo fortíssimo, mentalmente tornámo-nos muito consistentes.
Acho que, essencialmente, mudou a mentalidade. Exigência, rigor, disciplina, espírito de grupo e de vitória.
5 – Tens tido experiência de treinador, jogador e jogador/treinador. Qual delas mais te seduz, qual a mais difícil e porquê? Quais são as tuas ambições em relação ao futsal? Jogador ou Treinador?
Aquela que mais me seduz, no imediato, ainda é a de jogador. Adoro jogar, estar dentro de campo, é uma paixão inexplicável. De momento, o problema físico com que estou impede-me de dar o meu contributo à equipa, mas não vejo a hora de poder voltar a vestir a camisola 7.
A mais difícil é, claramente, a de treinador-jogador. Sou muito exigente comigo e com os atletas, pelo que é preciso é grande auto-confiança e muita concentração para gerir o jogo e as emoções quando se está nesta dupla tarefa. Felizmente, tenho sentido o apoio de todos, o que facilita as coisas.
Ambiciono conquistar títulos como jogador, condição que quero manter por mais alguns anos. Todavia, e sempre que estiver como treinador, a ambição é a mesma: formar uma equipa forte, capaz de lutar com os melhores de igual para igual para tentar conquistar troféus.
6 - Como estás a ver o campeonato de divisão de honra desta época? Na tua opinião, quem se tem destacado pela positiva e pela negativa?
Um campeonato muito equilibrado, em que qualquer equipa pode perder pontos a qualquer momento. Pela positiva, claramente o Alfarelense e o Bruscos, pela classificação que ocupam e pelo futsal exibido, apesar de já terem saído da taça. Pela negativa, o maior destaque vai para o CRIA, que no início perspectivei como a principal candidata ao título.
7 - Não é normal acontecer haver jogadores mais velhos que o próprio treinador. Como lidas com essa situação? E esses atletas mais velhos aceitam bem as tuas decisões? Diz o que pensas sobre isto.
Tenho muitos jogadores mais velhos que eu na equipa: Vitor Hugo, Cravo, Amaral, Veríssimo, Branco, são os casos mais evidentes. São jogadores com quem nunca tive nenhum problema do foro disciplinar, sendo que já agi disciplinarmente várias vezes desde que sou treinador, com outros jogadores. Nunca lhes ouvi nem vi nada que merecesse reparo: são grandes atletas, grandes jogadores e amigos que aceitam sempre qualquer decisão que tome, mesmo que os deixe de fora das convocatórias ou não os ponha a jogar. No entanto, qualquer deles sabe, como os outros, que no momento em que pisarem o risco, terão que sofrer a respectiva sanção disciplinar.
Aliás, e em geral, é esta a tónica deste grupo. Identificam-se com a minha forma de liderar a equipa. Todos eles, sem excepção, sabem distinguir as coisas, a amizade do resto, por isso digo que tenho um excelente grupo de trabalho, disciplinado, e com muita vontade de ganhar.
8 - O que sentes qd te chamam o mourinho do futsal distrital? Achas que é em termos elogiosos ou negativos? Porque é que achas que isso surgiu?
Acho que surgiu pela sucessão de vitórias que tivemos na altura, pelo tipo de discurso que utilizava, pelos chamados mind games e, mais internamente, pela forma como preparava a equipa para os jogos. Haverá quem o tenha dito em termos elogiosos, outros tê-lo-ão referido em tom pejorativo. É pouco importante, não dou grande relevância nem aos elogios nem às críticas, especialmente quando vêm de pessoas que não me dizem nada.
9 - Quando começaste a fazer as crónicas de jogo, tinhas um tipo de discurso mais agressivo, em que "picavas" constantemente os adversários, mas noto que alteraste o estilo… Alguma razão em especial?
Foi uma atitude consciente da minha parte. Quando comecei, senti necessidade de dar mais visibilidade à equipa e de espicaçar internamente o grupo. Percebo que algumas pessoas dos outros clubes tenham ficado melindrados com alguns comentários, mas todos eles tinham um objectivo, essencialmente a motivação do meu grupo, porque sabia perfeitamente o efeito que isso causava e a repercussão que assumia no jogo.
Naturalmente que hoje a situação é diferente, mais maturidade, mais traquejo, não sinto tanta necessidade de enveredar por aí, pelo que posso “despir um pouco a máscara” e ser mais objectivo. Isto sem prejuízo de continuar a ser frontal, defender os meus pontos de vista e o meu clube até ao fim.
10 - De uma forma objectiva:
É possível à Prodeco lutar pela subida?
Se vier a subir, tem estrutura para os nacionais?
Objectivamente, a luta pela subida dependerá do que fizermos nos próximos 2 jogos. Se os ganharmos, acredito que estaremos na luta.
Se viermos a subir, haverá várias coisas a alterar e a melhorar em termos de estrutura organizativa e de meios. É um facto incontornável. Mas tal como nos fomos adaptando a novas exigências e realidades, acredito plenamente que o clube saberia reestruturar-se para fazer face às exigências de uma nacional.
11 – A Prodeco trocou de treinador recentemente… O que falhou com a anterior equipa técnica? Tendo assumido as funções de treinador/jogador porque razão não as assumiste nem no inicio da última época nem no inicio desta logo? E porque razão assumiste agora?
Ás vezes a mensagem do treinador não passa tanto como ele e o grupo quereriam. Não houve uma assimilação dos processos de treino e jogo idealizados pela anterior equipa técnica e isso reflectiu-se nos resultados. Isso não belisca em nada o grande treinador que é o mister João Moura e a grande admiração que tenho por ele.
Não assumi o comando técnico no início da última época porque queria voltar a ser, única e exclusivamente, jogador. Apesar das insistências, recusei porque entendia que o clube necessitava de outra estrutura para a divisão de honra. Este ano, e apesar do mister Fernando Filipe ter feito um bom trabalho, o grupo de trabalho entendeu que era necessário ter à frente alguém com outro perfil, daí a escolha do mister João Moura.
Aquando da saída dele, fui confrontado por parte de todo o grupo e direcção, em como só eu teria condições para levar esta equipa a atingir os seus objectivos. Nunca procurei esta solução, bem pelo contrário. Mas em face das circunstâncias, não pude virar costas e fugir às minhas responsabilidades. Aceitei e vou levar até ao fim o meu compromisso, dando tudo o que estiver ao meu alcance para retribuir toda a confiança que foi depositada nas minhas capacidades.
12 - Conhecendo um pouco do distrital, quais consideras as equipas mais fortes a nível distrital, considerando a Honra e a 1ª Distrital? Quem consideras os principais candidatos à subida à 3ª divisão? Principais surpresas / desilusões da presente época?
A equipa mais forte da honra é, sem dúvida, o Vilaverdense, pelo processo de aprendizagem desenvolvido ao longo dos anos por um dos melhores treinadores de futsal do distrito. Na 1ª distrital, Oliveira do Hospital, Santa Clara e Ribeira de Frades são equipas com capacidades para lutar pela subida, sendo que as surpresas se chamam Gatões e Domus Nostra, que estão agora a colher os frutos da aposta na formação que têm vindo a fazer ao longo dos últimos anos. A principal desilusão, para mim, chama-se Lagonense, uma equipa com enorme historial que está a fazer um mau campeonato.
13 – Estás neste momento a treinar seniores masculinos e femininos! Quais as principais diferenças em termos de treinos, abordagem dos jogos, etc… Conta um pouco as diferenças entre o trabalho feito num e noutro escalão.
A metodologia de treino não varia muito, sendo diferente a intensidade com que são feitos alguns exercícios. Na equipa feminina, e por ter algumas jogadoras que iniciam agora o seu percurso no futsal, houve que introduzir nos treinos aspectos quase rudimentares do futsal, para que possam crescer de forma sustentada.
Penso que a diferença mais visível em termos competitivos reside no facto de, nos seniores femininos, o aspecto individual ser ainda determinante para o desfecho final da partida. Há equipas que, pelo facto de terem 1 ou 2 jogadoras acima da média, conseguem ir ganhando, mesmo que não tenham qualidade em termos de futsal praticado.
Nos seniores masculinos, já não é muito habitual uma equipa ancorar-se em torno de 1 ou 2 jogadores, pelo que aqui é o colectivo que tende a sobressair.
Em termos de abordagem, tem variado, por vezes, o discurso. A equipa feminina lida menos bem com a pressão do resultado e com a crítica, necessitando mais que a minha intervenção seja ao nível da motivação.
14 – Cantanhede é o concelho do distrito de Coimbra com mais praticantes Femininos! Porque razão há uma aptidão tão grande para se praticar futebol/futsal feminino nessa zona?
Um sociólogo responderia a essa questão melhor que eu, mas quero acreditar que a existência de clubes como o Cadima, ao nível do futebol de 11, e da Prodeco, no futsal há 10 anos, tenha despertado, pelo mediatismo regional destas equipas, vontade e interesse nas praticantes mais jovens.
15 – Em termos Femininos estás a formar uma nova equipa que já consegue lutar com adversários que teoricamente seriam muito superiores. Do que vi esta época parece-me que o campeonato está nivelado por baixo… Pensas que a qualidade desceu relativamente aos últimos anos?
Penso que não. Acho, essencialmente, que o Vilaverdense se tornou uma equipa muito mais forte, fruto das contratações que fez que, a aliar à excelente equipa que tinham, a tornam numa equipa de um patamar superior.
Já o ano passado, a Prodeco foi a equipa que mais luta deu ao Vilaverdense, sendo que acredito, plenamente, que esta época, se tivéssemos mantido a estrutura do ano passado, poderíamos lutar pelo título até ao fim. Repare-se que perdemos a g.r. titular da época passada por lesão (Baía), a referência da equipa (Susana) em termos de voz de comando e experiência, a capitã (Nanda) e uma das desequilibradoras (Juliana). Estas saídas foram colmatadas com jogadoras mais jovens e inexperientes (Sandra, Diana, Antónia), que começam agora a jogar, sendo que outras regressaram de longas paragens competitivas (Dora, Ana, Lisete, Eva), cujo rendimento tem vindo gradualmente a subir. A equipa tem crescido muito, física e tacticamente, e neste momento joga de igual para igual em qualquer campo, sendo que há jogadoras que têm tido um rendimento soberbo, um espírito de dedicação e de sacrifício incrível, nos treinos e nos jogos, como a Raquel, a Silvia, a Tinoco e a Joana, que têm jogado a maior parte do tempo. O meu trabalho passa por nivelar a equipa e fazer com que todas venham a ter um rendimento uniforme e a equipa tenha 10/12 soluções com capacidade para desequilibrar a partida a nosso favor.
Queremos subir na classificação até onde for possível e ganhar a taça AFC. Temos qualidade para isso.
16 - Consideras que o Futsal Feminino em Coimbra está a ter uma evolução positiva que levará os jogos a serem mais competitivos, ou de ano para ano a tendência é os bons valores concentrarem-se numa super-equipa para atacar o Nacional?
Penso que a evolução é notória. Há clubes como a Prodeco, o Meãs, o Cria, a Académica, que se têm preocupado em formar jovens jogadoras, enquanto que outros clubes apostam em ir buscar jogadoras feitas, numa perspectiva mais imediatista. Rejeito por completo a ideia da concentração numa super-equipa para se atacar o nacional, penso que seria uma perspectiva redutora e com resultados desastrosos para a evolução do futsal distrital.
17 – Quais os jogos mais marcantes na tua carreira como treinador ou jogador?
Como jogador, relembro algumas vitórias nas camadas jovens sobre a Académica, constituída por jogadores que hoje estão no nacional, e a final da taça de juniores com o Real da Conchada, que empatámos 5-5, mas perdemos nos penalties. Mas o jogo mais marcante foi o da subida de divisão, com a Alfarelense, em casa, há 2 anos, em que ganhámos por 5-1 e estivemos a um nível impressionante.
Como treinador, a vitória na taça AFC há 2 anos com a equipa feminina, por 4-2 ao Mirandense; a final da taça de seniores masculinos perdida com o Cria por 4-3; o jogo do título em Miro, num ambiente infernal, que empatámos 5-5.
Todavia, acho que os jogos mais marcantes estão para vir. Acredito muito que, quer na equipa feminina, quer na equipa masculina, vamos saber superar as dificuldades e atingir aquilo a que nos propusemos e que para o ano possa estar aqui a falar de outros jogos que me marcaram pela positiva.
18 - Os teus jogadores estão a gostar dos teu métodos de treino? Gostavas de ter outro tipo de jogadores ou gostas do plantel que tens? Como todo sabem os jogadores da Prodeco não ganham nada em termos de dinheiro; Quando estes jogadores que jogam por amor ao clube se forem embora e como não a formação de jogadores; Qual será o futuro de Prodeco?
Não falo por interposta pessoa, pelo que só eles poderão responder. Gosto muito do plantel que tenho, pelo que não tive problema nenhum em mandar embora um jogador que pisou o risco no jogo com Vilaverdense. É o plantel que quero e é com ele que conto. Alguns dos jogadores foram formados no clube: Nuno, Dany, Felipe, eu, sendo que houve outros que têm feito parte da equipa, mas que não estão agora connosco, como o Marta, o Zé António, o Juan, o João Hélio. Quanto ao futuro, é uma questão que tem sido debatida, daí a criação de juvenis a época passada, a que não foi dado seguimento este ano, mas que poderá e deverá ser reabilitada na próxima época.
Por último, deixar aqui uma mensagem de grande apreço pelo trabalho desenvolvido pelo Bruno Santos neste blog, que deve ser realçado e enaltecido, porque tem servido para o engrandecimento do futsal distrital.
Despeço-me, com saudações futsalisticas a todos os agentes desportivos que trabalham em prol da modalidade, não sem antes desejar um Feliz natal e um Bom Ano de 2008 para todos.
7 comentários:
concordo com a tua opiniao nuno oliveira de formar atletas e outros vao busca-las formadas.
mas voltamos a velha historia que ja foi de batida neste blog anteriromente. e equipa a que eu tenho que dar os meus principais parabens nesse aspecto e o cria com atletas jovens todas as epocas
continua nuno oliveira.
brunito
este homem é um sinhor, carago!
Não gosto agora, não gostava antes e acho que nunca vou gostar do discurso egocêntrico deste jovem advogado/treinador/jogador. Como é que é possível pensar em subir neste momento? Está tudo louco ou quê? Joguei várias vezes contra a Prodeco em escalões de formação e também nos seniores, ao longo destes anos todos não vi mudanças nenhumas. É uma equipa violenta, que mal joga futsal, enfim, personifica tudo aquilo que o futsal não deve ser. Posto isto, resta-me desejar-te um bom resto de campeonato.
a prodeco deve ser das equipas mais disciplinadas do campeonato neste momento.com o devido respeito, buffy, estas enganado a exe respeito. e não deves ter jogado contra a prodeco ultimamente, pk verias bastantes diferenças, por isso o tyeu comment é injusto a esse respeito.nos, jogadores, temos noçao das rxponsabilidades e n acho dxcabida a ambixão, dependendo dos prox jogos. Nessa altura falamos.abraxo
Jogam por amor à camisola???
hummmm....hummmmmmm
a prodeco formar jogadoras? n sei onde e k esse Nuno viu isso s eles todos os anos (menos este k ninguem kis ir p la)o k fazem e ir buscar jogadoras a outras ekipas prometendo-lhs mundos e fundos k dp n cumprem...sim a ekipas k fazem ixo como as alhadas k e um exemplo, a academica, meas e ate o marialvas k agora e o ourenta , mas prodeco n...s tem 3 ou 4 jogadoras la formadas e muito...
com o PAPÁ a presidente da PRODECO, quem é que esperava ser capitão daquela equipa? belo discurso, mas basta-me ter sono para dormir, não preciso de histórias de embalar! BOAS FESTAS para todos que gostam de desporto, FUTSAL!!!!!!
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